Brasil e Chile unem forças para impulsionar o comércio exterior feminino
Seminário realizado nesta terça (6) é parte da Jornada Exportadora, que levou 16 empreendedoras brasileiras a Santiago, no Chile, para atividades que fortaleçam a participação das empreendedoras no mercado internacional
O Brasil realiza, desde segunda-feira (5/8) até a próxima quarta (7/8) a Jornada Exportadora, uma missão inédita e exclusivamente feminina para fortalecer a participação das mulheres no comércio exterior. Nesta terça, durante seminário "Chile-Brasil - Mulheres Conectando Fronteiras", realizado em Santiago, empreendedoras e representantes dos dois países reafirmaram a importância de políticas públicas que promovem a igualdade de gênero no comércio internacional.
A Jornada Exportadora, promovida pela ApexBrasil, tem neste ano parceria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC). A edição beneficia, entre as 16 empreendedoras enviadas ao Chile, participantes da segunda edição do programa Elas Exportam, concluída em junho passado.
Na abertura do seminário, a diretora do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços Janaína Silva, do Departamento de Promoção das Exportações e Facilitação do Comércio da Secretaria de Comércio Exterior, destacou o papel crucial do acordo de livre comércio entre Brasil e Chile celebrado há dois anos, o primeiro a incluir um capítulo dedicado exclusivamente ao tema de mulheres e comércio internacional.
“Os dois países reconhecem a necessidade de melhorar o acesso das mulheres às oportunidades comerciais e remover os obstáculos em seus países. E a implementação desse acordo é de grande importância para o Brasil”, afirmou.
Ela citou o programa Elas Exportam, coordenado pelo MDIC, e o Mulheres e Negócios Internacionais, da ApexBrasil, como exemplos para auxiliar as empreendedoras a acessar o mercado internacional. Do lado do Chile, mencionou o programa Mujer Exporta, com o mesmo propósito.
“Essas iniciativas refletem a importância que os dois países, Brasil e Chile, têm dado para essa agenda e a troca de informações sobre esses programas certamente nos ajudará a avançar cada vez mais.”
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, celebrou o crescimento do número de empresas lideradas por mulheres atendidas pela Agência, que alcançou 2.400 no primeiro semestre de 2024. Ele ressaltou a importância de políticas de gênero para diversificar as exportações e ampliar as oportunidades para as mulheres empreendedoras.
Ana Repezza, diretora de Negócios da ApexBrasil, responsável pela organização do seminário, enfatizou o impacto positivo das empresas lideradas por mulheres na economia, gerando mais empregos, renda e desenvolvimento. Ela também destacou a importância da Jornada Exportadora, um programa que conecta empreendedoras experientes a mulheres que estão iniciando sua trajetória no comércio exterior.
Os participantes também abordaram a adesão do Brasil ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero (JTAGA), em fevereiro deste ano, como uma importante demonstração do compromisso do país com a temática.
Cases de exportadoras — Em uma mesa redonda sobre casos de sucesso de exportadoras no comércio bilateral, empresárias brasileiras que exportam para o Chile e empresárias chilenas que exportam para o Brasil compartilharam desafios enfrentados e experiências de êxito.
As empreendedoras falaram sobre suas experiências para acessar o comércio exterior, incluindo desafios enfrentados e estratégias adotadas. As empreendedoras também falaram sobre os fatores cruciais para o sucesso de seus negócios e deram conselhos para as mulheres que estão começando.
A agenda da Jornada Exportadora segue nesta quarta-feira (7/8), com uma rodada de negócios com as empreendedoras.
O seminário foi realizado paralelamente à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Chile e tratou das políticas de inserção das mulheres no comércio exterior - tema incluído em acordos e memorandos de entendimentos assinados pelo Brasil.
A programação foi organizada em conjunto pela ApexBrasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o ProChile e a Subsecretaría de Relaciones Económicas Internacionales.
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