Burocracia: o grande entrave para o crescimento das empresas
Os empresários italianos, gregos, argentinos, turcos e poloneses são também os que colocam os trâmites burocráticos como grandes empecilhos
Fonte: Revista Incorporativa
De acordo com o International Business Report (IBR) 2012 da Grant Thornton, o fator que mais limita a capacidade de crescer e expandir os negócios das empresas brasileiras nos próximos doze meses é o excesso de burocracia (46%), resultado acima da média global de 37% e 14 pontos percentuais a mais que no terceiro trimestre de 2011. O IBR engloba 11.500 empresas privadas em 40 países.
Os empresários italianos (60%), gregos (54%), argentinos (52%), turcos (48%) e poloneses (46%) são também os que colocam os trâmites burocráticos como grandes empecilhos para o crescimento das empresas. O País que menos se preocupa com esse item é a Finlândia (6%), seguido de Suécia e Armênia (ambos 12%). Argentina, Itália e Estados Unidos foram os países com o maior aumento de preocupação em relação esse quesito (26 p.p os dois primeiros e 19 p.p, respectivamente).
No Brasil, os itens que menos preocupam os executivos ao falar em restrição ao seu crescimento são: a infraestrutura tecnológica (8%) e a redução de demanda ou pedidos (12%) - sendo este último o maior dos países com problemas de crescimento como Japão (69%) e França (64%). Outros fatores que podem restringir o crescimento nos próximos doze meses, segundo os executivos brasileiros consultados, são a falta de mão de obra qualificada (38%) e a escassez de financiamento de longo prazo (30%).
Para todos os países do BRIC (38%) e América Latina (43%) o fator preponderante para inibir o crescimento das empresas é a excessiva burocracia. Já na Zona do Euro (38%) e países do G7 (39%), a redução de pedidos é o que mais pode atrapalhar o crescimento das empresas, maior preocupação global também.
“O numero de trâmites burocráticos restringem o crescimento das empresas, particularmente daquelas que tem planos de expansão para outras áreas geográficas dentro do país ou para investimentos estrangeiros. Ser um país consolidado no plano internacional traz um analise interno para melhorar e ganhar competitividade,” diz Javier Martinez, responsável pelo IBR na América Latina.
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