Pelo sexto dia seguido, dólar cai e fecha a R$1,553. Bolsa avança 0,78%

Mercado especula sobre novas medidas do governo para conter o câmbio

O dólar comercial recuou ontem pelo sexto pregão consecutivo e se manteve na menor cotação desde 18 de janeiro de 1999, época em que o governo promoveu a maxidesvalorização do real. A moeda americana perdeu 0,32%, a R$1,553, em meio a um clima mais tranquilo quanto aos problemas da dívida da Grécia e à entrada de dinheiro estrangeiro no país. No dólar turismo, referência para casas de câmbio, a moeda era vendida ontem a R$1,670 no Rio.

Segundo analistas, o tombo da moeda nos últimos dias criou novas expectativas quanto a medidas do Ministério da Fazenda para conter o derretimento do câmbio. Voltou-se a falar em colocar em quarentena uma parcela dos recursos que entram no país para renda fixa.

- O fluxo de entrada de dólares está cada vez maior e o governo já se mostrou sensível anteriormente à pauta de empresários, que pedem um real menos apreciado - disse André Perfeito, economista da Gradual Investimentos.

Para ele, a melhora da situação da Grécia e novos aumento de juros podem empurrar o câmbio para a casa de R$1,40 no médio prazo sem novas medidas do governo.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu ontem em movimento de recuperação, apesar dos poucos negócios com o feriado nos EUA. O Ibovespa, índice de referência do mercado, avançou 0,78%, aos 63.891 pontos. O volume financeiro ficou em R$2,6 bilhões.

A aprovação de uma ajuda a Grécia no valor de 12 bilhões por líderes europeus no fim de semana deu mais confiança a investidores buscarem aplicações de risco. As ações de empresas de mineração e siderurgia ficaram, assim, entre as maiores altas do Ibovespa. O destaque ficou, no entanto, para as ações ordinárias (ON, com voto) da Brasil Ecodiesel, que avançaram 8,33%, a R$0,78. Investidores especulam sobre a fusão da empresa com a produtora de soja Vanguarda.

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