Micro-empresa é que gera mais emprego

O Anuário do Trabalho Sebrae/Dieese 2008 coloca o Paraná entre os quatro estados do Brasil com o maior número de trabalhadores empregados formalmente em micros e pequenas empresas (981.184). O Paraná ocupa o primeiro lugar no ranking da região Sul. O coordenador do Departamento de Economia do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Maurílio Schimitt, considera que a redução dos custos tributários está diretamente ligada ao aumento do emprego formal. “O empresário troca os gastos sobre o faturamento pela folha de salários e contribui para a formalização de mão-de-obra. Quando caem as despesas com impostos, sobem as contratações com carteira assinada”, afirma. Maurílio Schimitt cita o exemplo da indústria de vestuário e confecções. “Antes da redução do ICMS em 2003 eram aproximadamente 53 mil trabalhadores, nos últimos anos este número subiu mais de 40% e hoje são mais de 76 mil empregados no setor”, afirma. O Paraná tem hoje 218 mil empreendimentos de micro e pequeno porte - 78% deles (172 mil) são beneficiados pelo projeto do Governo do Estado que, desde 2003, os isenta o pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com uma política tributária que tem mais de 80 benefícios fiscais a diferentes setores produtivos, são abertas 200 empresas por dia no Estado. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as micros e pequenas empresas do Paraná foram as maiores responsáveis pela geração de emprego formal nos primeiros sete meses deste ano. Responderam por 47,2% das 122.797 novas vagas de trabalho criadas no Estado. Um estudo da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social mostra que a grande maioria dos contratados por empresas com até quatro funcionários, entre janeiro e julho de 2008, são jovens entre 18 e 24 anos. Eles representaram 32,9% dos empregados nesses estabelecimentos, ou seja, 19.111 funcionários. Aqueles com 25 a 29 anos de idade somaram 9.606, o equivalente a 16,5% do total. Os empregados entre 30 a 39 anos responderam por 22,1% das vagas (12.856). A maioria dos ingressos no período foram alocados no setor de serviços, que contratou 19.450 pessoas formais, o equivalente a 33,5% do total. O comércio contratou 18.313 pessoas, correspondendo a 31,6%. A indústria de transformação gerou 10.842 vagas - 18,7% do total. Na construção civil foram criados 5.906 empregos com carteira assinada, equivalendo a 10,2%. Para trabalhar no campo foram 3.036 trabalhadores rurais, correspondendo a 5,2%. O salário médio dos admitidos no acumulado entre janeiro a julho deste ano por estas empresas alcançou R$ 600,60. De acordo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR), cerca de 98% das empresas nos pequenos municípios são de pequeno porte. Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae, conta que a maioria está no interior. “Aqui no Sul do País 81,3% dos micros e pequenos empreendimentos estão no interior, enquanto apenas 18,7% ficam nas capitais”, diz.

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